A França não vai extraditar Carlos Ghosn se o ex-CEO da aliança Renault-Nissan chegar ao país, afirmou nesta quinta-feira a secretária de Estado francesa da Economia, Agnès Pannier-Runacher.
"Se o senhor Ghosn chegar à França, não extraditaremos o senhor Ghosn porque a França nunca extradita seus cidadãos", disse Pannier-Runacher ao canal BFMTV.
Ghosn, que tem tripla cidadania francesa, brasileira e libanesa, fugiu na segunda-feira do Japão, onde estava em prisão domiciliar, para o Líbano.
O governo francês considera que Ghosn "não deveria ter escapado do sistema de justiça japonês".
"Ninguém está acima da lei", declarou a ministra.
Ghosn também era o CEO da Renault antes de ser demitido após sua prisão, em novembro de 2018, no Japão, onde é acusado de fraude financeira.
Ele também está sendo investigado na França, mas nenhuma acusação foi apresentada até o momento.