O ex-CEO da Renault-Nissan Carlos Ghosn afirmou nesta quinta-feira (2) que organizou "sozinho" sua partida do Japão, onde é processado por peculato financeiro, em direção ao Líbano, negando qualquer envolvimento de sua família.
"As alegações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida do Japão são falsas e mentirosas. Fui eu quem organizou minha partida. Minha família não teve nenhum papel", garantiu Ghosn em um breve comunicado de imprensa recebido pela AFP.
Carlos Ghosn chegou ao Líbano na segunda-feira (30), mas seu local de residência permanece desconhecido.
As condições para essa partida surpresa do Japão, onde ele esteve em prisão domiciliar sem permissão para deixar o país, ainda não estão claras.
Buscas foram realizadas em Tóquio, e sete pessoas foram presas na Turquia, suspeitas de ajudarem Ghosn em sua passagem por Istambul.
Segundo uma fonte da Presidência libanesa, o empresário entrou no país procedente da Turquia com um passaporte francês e sua carteira de identidade libanesa.
Além disso, para sua fuga, Ghosn é suspeito de ter alugado um jato particular que partiu do aeroporto de Kansai (oeste).