O Parlamento do Iraque votou neste domingo pela expulsão das tropas dos Estados Unidos no país, depois de um ataque aéreo que matou o principal líder militar iraniano na última quinta-feira.
Leia Mais
Iraque afirma que apresentou queixa na ONU após 'ataques americanos'Hackers postam foto de Trump ensanguentado em site do governo dos EUAMultidão acompanha funeral de Qassem Soleimani no Irã Iraque revida e Trump ameaça com 52 alvos para atacar no IrãDentro da sala do parlamento no domingo, os parlamentares gritaram: "América fora! Bagdá permanece livre!"
A votação representa um teste crucial para a presença de tropas americanas que tem sido fundamental na derrota do Estado Islâmico, mesmo quando poderosas facções apoiadas pelo Irã passaram a dominar o governo iraquiano.
Uma dessas milícias, o Kataib Hezbollah, ameaçou os legisladores que não compareceram à sessão ou votaram a favor de uma lei para despejar as forças americanas, chamando-os de "traidores".
Uma importante autoridade do Departamento de Estado americano disse recentemente que os EUA estavam trabalhando com seus aliados iraquianos para impedir a votação, caracterizando o assassinato do general Suleimani como apoio à soberania do Iraque contra o Irã. O Irã é também aliado do Iraque.
O ataque dos EUA em Bagdá que matou o major-general Qassim Suleimani, e um dos principais líderes paramilitares do Iraque, levantou a possibilidade de confronto direto entre os EUA e o Irã. Com seus dois principais aliados cada vez mais em desacordo, o governo iraquiano enfrenta a perspectiva de decidir se continua sendo parceiro do Ocidente ou acaba firmemente no campo iraniano.