A Austrália vive a pior temporada de incêndios florestais da história do país. Após seis meses de seca e temperaturas recorde, as queimadas já atingiram 8 milhões de hectares de terra, destruíram milhares de prédios e deixaram cidades sem eletricidade e cobertura de telefonia móvel. Até a manhã desta segunda-feira, 25 mortes foram confirmadas.
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Segundo os bombeiros australianos, o pior ainda está por vir. Shane Fitzsimmons, do Serviço de Bombeiros Rurais de New South Wales, estado na costa leste da Austrália, informou que condições "voláteis" poderiam intensificar os incêndios.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, advertiu que os incêndios podem continuar ardendo por meses. Na semana passada, ele visitou as principais de área de incêndio e foi recebido com hostilidade pelos moradores que pediram a retirada dele do governo.
Em resposta aos ataques, Morrison disse à rede de TV ABC que entende a insatisfação da população. “Eles perderam tudo e ainda têm que enfrentar dias perigosos pela frente. Meu trabalho é garantir que estamos fazendo tudo para que passem por isso com o apoio do Estado”, afirmou.
De acordo com as autoridades australianas, foi liberado nesta manhã o uso de algumas estradas após a melhora das condições climáticas. Assim, o corpo de bombeiros poderá resgatar pessoas ilhadas em áreas de risco. Apesar disto, o enorme fluxo de fumaça desacelerou o resgate e centenas de pessoas ainda esperam pela ajuda dos bombeiros.
A Universidade de Sydney afirma que cerca de meio bilhão de animais foram mortos nos incêndios. A estimativa é de que quase 8 mil coalas foram queimados na costa norte do país.