O crescimento da Alemanha se desacelerou no ano passado, com uma alta de 0,6% de seu Produto Interno Bruto (PIB), após registrar 2,5% em 2017, e 1,5%, em 2018 - anunciou o Escritório Federal de Estatísticas, Destatis, nesta quarta-feira (15).
Segundo esta primeira estimativa, o país teve, no mesmo período, um superávit de 49,8 bilhões de euros em suas contas públicas. Esse valor corresponde a 1,5% de seu PIB, um recuo em relação ao recorde histórico de 62,4 bilhões de euros do ano anterior.
Neste contexto, Holger Schiedig, economista-chefe da consultoria Barenberg, apontou que a primeira economia europeia assiste ao "lento" fim de sua "época dourada", iniciada após a crise de 2009. Esta mudança estaria sendo motivada, entre outros fatores, pelas "guerras comerciais".
A queda da produção no setor automobilístico, que chegou a seu nível mais baixo desde 1997, custou 0,75 ponto do PIB à Alemanha, conforme estimativas do instituto IFO.
Impulsionada pelo consumo e pela construção, a demanda doméstica deve se manter como principal pilar do crescimento este ano e no próximo, afirmou a companhia de seguros Allianz, que aposta em uma alta do PIB alemão de 0,6% em 2020, e de 1,1%, em 2021.
Esses números são inferiores à média registrada entre 2010 e 2018, em torno de 1,9%, segundo o Destatis.