O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II, apareceu sorrindo e descontraído nesta quinta-feira (16) no Palácio de Buckingham - sua primeira cerimônia pública desde que ele e sua esposa, Meghan, abalaram a monarquia britânica renunciando a seus deveres como membros da família Real.
O duque de Sussex, de 35 anos, presidiu o sorteio da Copa do Mundo de Rúgbi de 2021, realizada no Palácio Real. Nos jardins, conversou pela primeira vez com um grupo de crianças em idade escolar convidadas a praticar esse esporte.
"Cuidado com a grama, ou terei problemas", brincou ele.
"O duque estava muito interessado... Ele se comprometeu com o esporte e com esse eventom e esperamos vê-lo no futuro", afirmou o diretor-executivo da Copa do Mundo de Rúgbi, Jon Dutton.
Harry também brincou durante o sorteio, no qual sua participação foi planejada por um longo tempo. Não disse uma única palavra sobre a crise deflagrada por sua inesperada decisão.
Em uma reunião de família na segunda-feira na residência real de Sandringham, no leste da Inglaterra, a rainha Elizabeth, de 93 anos, concordou com seu filho Charles - herdeiro do trono - e os dois filhos dele - William e Harry - em realizar um período de transição para que o príncipe possa abandonar gradualmente seu papel de primeiro plano na realeza.
Meghan, ex-atriz americana de 38 anos que deixou sua carreira quando se casou com ele em 2018, viajou para o Canadá na semana passada e reencontrou o pequeno Archie, filho do casal. A ex-atriz morou no país por causa da série de televisão "Suits", na qual trabalhava.
Depois de demonstrar um longo desconforto com a pressão da mídia, Harry e Meghan anunciaram repentinamente em 8 de janeiro que queriam abandonar seu papel de membros de primeira classe da família real, modificar seu relacionamento com a imprensa, dividir seu tempo entre Reino Unido e América do Norte e serem financeiramente independentes.
- Simples e adorável -
A maneira como fizeram o anúncio - sem avisar com antecedência a rainha, ou Charles - e o fato de não renunciarem a títulos ou privilégios nobres, como sua residência ou seu serviço de segurança do estado, provocaram polêmica no Reino Unido e deflagraram um debate sobre se a decisão foi influenciada por um tratamento racista por parte da imprensa sensacionalista britânica contra Meghan, que é afrodescendente.
A duquesa de Sussex reapareceu em público na terça-feira na cidade canadense de Vancouver, onde visitou o Downtown Eastside Women's Center, uma instituição que ajuda mulheres e crianças em dificuldade.
"Veja com quem tomamos chá hoje", escreveu o centro em sua conta do Facebook, juntamente com uma fotografia de seus membros ao redor de Meghan em um ambiente casual. "É simples e adorável", disse a diretora da instituição, Kate Gibson, à rede pública da CBC.
Markle passou pouco mais de uma hora no centro, que também serve como abrigo noturno e ajuda cerca de 500 mulheres por dia, segundo seu site.
Depois, ela visitou outra associação, a Justice for Girls, que tuitou algumas fotos na quarta-feira.
"Meghan falou sobre a crise climática com as meninas e sobre os direitos dos povos indígenas", disse o centro, que ajuda adolescentes que vivem na pobreza.