O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira o repatriamento de uma pedra sagrada da comunidade indígena Pemón, exposta no principal parque de Berlim, após um "acordo amistoso" com a Alemanha.
"Assim começa a restituição da pedra sagrada do povo Pemón", escreveu no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, indicando que a peça foi "removida" do Parque Metropolitano Tiergarten, o maior da capital alemã.
A entrega é "produto de um acordo amistoso, da insistência do povo Pemón e do esforço do governo" do presidente socialista Nicolás Maduro, disse o ministro.
O funcionário publicou com suas mensagens fotos e vídeos "exclusivos" que mostram a rocha Kueka (avó, na língua indígena), de 30 toneladas, sendo colocada em uma grua e trasladada por uma avenida.
"Tocará terra venezuelana" após "várias semanas de viagem de Berlim", disse Arreaza.
Em junho de 2012, o governo alemão anunciou que procurava uma solução amistosa em um litígio com a Venezuela próximo da pedra sagrada, depois que o país petroleiro anunciou sua reclamação em maio do mesmo ano.
Em 1998, em virtude de uma doação do governo do presidente venezuelano Rafael Caldera, o monumento foi extraído pelo artista alemão Wolfgang von Schwarzenfeld e transportada para a Alemanha, onde fue talhada, polida e exposta no marco do projeto Global Stone, um conjunto de rochas arqueológicas expostas no parque Tiergarten.
A pedra Kueka foi exposta até 1998 no Parque Nacional Canaima, no sul da Venezuela, em uma zona habitada pelo povo Pemón, que a considera sagrada. Segundo a lenda, é uma anciã que se tornou rocha.