O Congresso do Chile aprovou nesta quarta-feira uma reforma tributária, uma das promessas mais importantes do segundo mandato do presidente Sebastián Piñera, mas descartou a inclusão de uma redução de impostos para grandes empresas que o chefe de Estado havia defendido antes da grave crise social que começou em outubro.
Com esta lei, que entrará em vigor em março, Piñera pretende financiar a agenda social que foi imposta após os gigantescos massivos protestos e greves que o país vem enfrentando desde outubro.
A nova regra, que está pronta para promulgação, chegará a Piñera com mudanças em relação ao projeto original apresentado há 17 meses pelo próprio presidente, que incluía uma reforma tributária que permitiria às grandes empresas uma economia de 800 milhões de dólares por ano.
A reforma visa aumentar a arrecadação anual de impostos em 2,2 bilhões de dólares. Desse total, segundo o governo, 55% da arrecadação virá exclusivamente do segmento de maior renda.
As manifestações populares por reformas sociais, que começaram em 18 de outubro e seguem com fôlego, pressionaram Piñera a mudar seu projeto de lei original e chegar a um acordo com os legisladores da oposição para obter esta aprovação.
O projeto Piñera reforma a lei tributária atual aprovada em 2014 durante o governo da presidente Michelle Bachelet que aumentou a taxação para as grandes empresas.