Uma eleitora que apoiou Pete Buttigieg como candidato a presidente na tumultuada prévia democrata no estado de Iowa, nos Estados Unidos, pediu para mudar seu voto quando soube que ele é gay, informou nesta terça-feira a imprensa local.
Como justificativa, ela citou suas crenças religiosas: "Você está dizendo que tem um parceiro do mesmo sexo? Está brincando?" perguntou a mulher, que usava um adesivo "Pete 2020", a uma mesária do "caucus" na zona rural de Iowa.
"Bem, então eu não quero ninguém assim na Casa Branca. Posso retirar meu cartão (de votação)?", disse.
A conversa foi registrada em um vídeo que viralizou rapidamente nesta terça-feira, quando Buttigieg surpreedeu por liderar nos resultados parciais da primeira etapa do processo de escolha do partido Democrata de seu candidato à presidência.
A mesária que ouviu o comentário da indignada eleitora em Cresco, Iowa, recebeu elogios por sua reação ponderada, na qual tentou tranquilizar a mulher dizendo que a sexualidade de um candidato não era uma preocupação séria que deveria influenciar nos resultados.
Buttigieg, de 38 anos, ex-prefeito de South Bend, Indiana, e considerado um político moderado. Desconhecido do grande público há menos de um ano, é assumidamente gay e um ex-militar que serviu no Afeganistão.
No ano passado, seu casamento com Chasten Glezman foi amplamente abordado pela mídia local, pois muitos americanos refletiram sobre a possibilidade da chegada de um casal do mesmo sexo à Casa Branca.
Na apuração atrasada dos votos distribuídos na segunda-feira, Buttigieg está um pouco à frente do progressivo Bernie Sanders e bem acima do ex-vice-presidente Joe Biden.