Jornal Estado de Minas

Acidente com trem bala deixa dois mortos e 30 feridos na Itália


Ao menos duas pessoas morreram, e quase 30 ficaram feridas no acidente com um trem de alta velocidade da linha Milão-Salerno (sul) que descarrilou perto da cidade de Lodi, norte da Itália - anunciaram os serviços de emergência e fontes governamentais.



O acidente aconteceu pela manhã na altura de Lodi, a 50 quilômetros de Milão, e as duas vítimas fatais seriam os dois maquinistas do trem, de acordo com as mesmas fontes.


"Os dois condutores faleceram, e é provável que não tenham acontecido mais mortes", declarou o representante do governo em Lodi, Marcello Cardona.


Quase 30 passageiros foram hospitalizados, mas estão fora de perigo, relatou, acrescentando que "poderia ter sido algo muito mais grave".


Dois helicópteros, centenas de bombeiros, policiais, ambulâncias e equipes de resgate foram enviados para o local para resgatar vítimas.


De acordo com primeiros elementos da investigação, a locomotiva do trem descarrilou e bateu em um vagão de mercadorias em uma via paralela. Na sequência, chocou-se com um prédio dos serviços ferroviários situado a algumas dezenas de metros.



As primeiras imagens do acidente mostram a locomotiva separada do restante do trem e destruída após a colisão com o prédio. O primeiro vagão aparece virado, e o resto da composição, intacto.


- Passageiros "sacudidos" -


Várias testemunhas citadas pela rede de televisão Rainews 24 disseram que foram sacudidos durante 60 segundos como se estivessem em uma montanha russa.


"Pensei que fôssemos morrer. Ainda não consigo descrever, nem entender o que aconteceu. O trem ia muito rápido e, de repente, ouviu-se um barulho muito forte. Um estrondo", contou uma das vítimas, um jovem de 21 anos, ao jornal local. O rapaz está hospitalizado em Piacenza.


"Estamos muito tristes pelas vítimas, os dois maquinistas. Queremos manifestar nossa solidariedade com as famílias. Sobre as causas do acidente não podemos, por enquanto, antecipar nada", declarou o chefe de governo italiano, Giuseppe Conte.



Cardona refutou as notícias, segundo as quais os serviços de resgate demoraram a chegar.


"Os serviços de emergência chegaram com uma margem de tempo normal, levando-se em conta que nos encontramos em pleno campo. Os bombeiros fizeram um trabalho extraordinário", defendeu.


Respondendo a uma pergunta sobre um possível problema decorrente de um reparo feito à noite, ele afirmou que "a manutenção das vias acontece continuamente e é prematuro associar este acidente às tarefas de manutenção" da linha.


A companhia pública ferroviária Ferrovie dello Stato (FS) afirmou, por sua vez, que parte deste acidente, "cujas causas ainda devem ser determinadas", provocou a interrupção da circulação na via de alta velocidade Milão-Bolonha, que foi desviada para outro trajeto. Também provocou atrasos nos deslocamentos de trem nesta região.