Jornal Estado de Minas

Líder de seita religiosa que dificultou o combate ao coronavírus na Coreia do Sul ajoelha e pede desculpas

O líder de uma seita cristã, Lee Man-Hee, pediu desculpas ao povo sul-coreano nesta segunda-feira. O homem, de 88 anos,  se recusou a  divulgar os nomes dos membros da instituição religiosa que estavam infectados com o novo coronavírus. O governo da Coreia do Sul apresentou denúncia no domingo (01/03) contra ele pela obstrução de investigações. Após o pedido de desculpas, Lee chegou a se ajoelhar.


 
“Fizemos o nosso melhor, mas não fomos capazes de contê-lo completamente”, afirmou o homem, usando uma máscara branca, aos jornalistas. “Cooperamos imediatamente, mas realmente não há nada que eu possa dizer”, finalizou.

Autoridades de saúde pública disseram que a igreja dificultou as iniciativas de contenção da propagação do vírus. O país tem o maior número de casos de coronavírus fora da China, onde o surto começou: são 4.335, segundo a agência coreana Yonhap; ao menos 26 pessoas morreram pela doença no país.
  
As autoridades de saúde sul-coreanas acreditam que as infecções estejam ligadas a uma mulher de 61 anos cujo resultado do exame que testa para a presença do vírus foi positivo. O Centro Coreano de Controle de Doenças diz que a mulher teve contato com 166 pessoas que foram solicitadas a se colocarem em quarentena.
 

Portas Fechadas


Pela primeira vez em seus 236 anos de história, a Igreja Católica da Coreia do Sul precisou interromper as missas em mais de 1.700 locais em todo o país. Os templos budistas também cancelaram os eventos. 
 
Na capital Seul, cerca de uma dúzia de fiéis foi impedida de entrar na Igreja do Evangelho Completo de Yoido, que colocou um sermão para seus 560 mil seguidores no YouTube.