Jornal Estado de Minas

Lufthansa reduzirá em 50% dos seus voos por causa do coronavirus

A empresa aérea alemã Lufthansa anunciou nesta sexta-feira (06) que reduzirá pela metade a sua frota nas próximas semanas, já que enfrenta "uma drástica diminuição de reservas e inúmeros cancelamentos" por causa do novo coronavírus.

"Dependendo da demanda, a capacidade será reduzida até 50% nas próximas semanas", anunciou a companhia aérea alemã em comunicado, depois de anunciar na segunda que cortaria 25% dos seus voos.



As ações na empresa registravam nesta sexta-feira queda de 0,8% na Bolsa de Frankfurt, chegando a EUR 11,41 (US$ 12,90).

O grupo Lufthansa, que inclui também a Eurowings, Swiss e a Austrian Airlines, anunciou nesta quarta-feira que, por causa do impacto do novo coronavírus, 150 das suas aeronaves permaneceriam em solo de um total de 750 que voam em todo o mundo, o que pressupõe uma diminuição de cerca de 7.100 voos na Europa para o seu plano de inverno.

O grupo alemão suspendeu os voos à China e ao Irã até o final de abril e, após as restrições impostas por Israel aos viajantes procedentes de alguns países europeus afetados pelo Covid-19, decidiu cancelar os voos ao Estado judeu do 8 ao 28 de março.

"Essas medidas servem para reduzir o impacto financeiro na demanda", disse em comunicado.

Para enfrentar a queda da demanda ocasionada pela epidemia, o grupo suspenderá as contratações e irá propor férias sem pagamento aos funcionários, além de avaliar a ideia de um desemprego parcial, explicou um porta-voz da AFP.

A Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA) alertou na última quinta que o impacto econômico do coronavírus à indústria da aviação poderia chegar a um valor entre US$ 63 a US$ 100 bilhões.