A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira (11) que a epidemia de Covid-19, que infectou mais de 110.000 pessoas em todo mundo desde o final de dezembro, pode ser considerada uma "pandemia", mas que pode ser "controlada".
Nas duas últimas semanas, o número de casos fora da China multiplicou 13 vezes e o número de países afetado triplicou, segundo a OMS.
"Estamos profundamente preocupados com os níveis alarmantes de propagação e de gravidade, bem como com os níveis alarmantes de inação" no mundo, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva em Genebra.
"Consideramos, então, que a Covid-19 pode ser caracterizada como uma pandemia", afirmou.
O chefe da OMS estimou que, "nos próximos dias e semanas", o número de casos, mortes e países afetados aumentará.
A organização voltou a pedir aos países, porém, que atuem para "conter" a epidemia, que já matou mais de 4.000 pessoas no mundo inteiro.
"Devemos ser mais agressivos", insistiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizando que essa "pandemia" pode "ser controlada".
Aparecido em dezembro na China, o coronavírus afeta todos os continentes, exceto a Antártica, e atrapalha a vida cotidiana e econômica em um número crescente de países.
"O Irã e a Itália estão na linha de frente, estão sofrendo", disse o diretor-executivo do Programa de Emergência da OMS, Michael Ryan, assegurando que outros países enfrentariam a mesma situação.
"No momento, no Irã, há escassez de aparelhos respiratórios, de oxigênio", completou ele.
O diretor-geral da OMS afirmou que "o Irã está fazendo seu melhor".
"Eles precisam de muito equipamento. Estamos tentando mobilizar mais apoio ao Irã", frisou.