Depois que o COVID-19 surgiu em Wuhan, na China, o vírus se espalhou rapidamente por outros países e regiões, o que aumentou as chances de a OMS declarar uma pandemia. Antes da declaração desta quarta-feira, a organização afirmava que seria necessário o aparecimento de uma série de surtos simultaneamente em diversas partes do globo. A decisão foi tomada depois que o novo coronavírus chegou a 114 países, infectando mais de 118 mil pessoas e matando 4.291. Estevão Urbano afirma que a OMS foi correta em declarar a pandemia neste momento. “Esses detalhes são avaliados com muita calma. Eles esperaram para declarar para que não houvesse pânico desnecessário”, diz.
De acordo com Urbano, apesar do novo nome, a mudança não altera praticamente nada em nenhum aspecto do combate ao vírus. “A prevenção continua igual, porque se orienta a prevenção já pensando em uma pandemia”, afirma. Segundo a OMS, a modificação significa apenas uma descrição mais precisa da situação atual, e não deve indicar mudança no curso das ações dos órgãos internacionais ou dos países.
A pandemia não é uma situação nova ou recente na história mundial. Um dos episódios com essas características foi a gripe espanhola, que matou cerca de 17 milhões de pessoas por volta de 1917. Mais recentemente, em 2009, a gripe suína – ou H1N1, também foi considerada uma pandemia.