O governo argentino ordenou um isolamento obrigatório por 14 dias às pessoas que entrarem no país vindo de regiões mais afetadas pelo novo coronavírus, informou o presidente Alberto Fernández nesta quarta-feira (11).
"Isso não é voluntário, não é uma recomendação. Se você não cumprir, estará cometendo um crime que estará colocando em risco a saúde pública", disse Fernández à FM Delta.
Esta medida é similar a uma adotada pela Colômbia, que também visa quem desembarca no país oriundo de uma área atingida pela pandemia.
"A pessoa que cumprir a quarentena de 14 dias tem a obrigação de se isolar sozinha em casa", acrescentou o chefe de Estado.
Ele também anunciou que medidas especiais estão sendo analisadas em relação à Itália, o país europeu mais afetado pelo vírus, e segundo no mundo, depois da China.
"Estamos avaliando se suspenderemos a entrada de pessoas da Itália devido ao coronavírus. Ontem (terça-feira) discutimos e resolveremos nos próximos dias", afirmou.
A Argentina registrou até esta quarta-feira 21 casos, com uma morte divulgada no último sábado, de acordo com o balanço oficial.
A vítima fatal corresponde a um homem de 64 anos que chegou da França em Buenos Aires.
Até agora, a pandemia matou mais de 1.100 pessoas fora da China continental, onde Covid-19 foi responsável por mais de 3.100 óbitos.
- Localidades isoladas -
Dois dos 19 casos da Argentina foram diagnosticados na província de Chaco, no nordeste do país.
Quatro cidades deste distrito, com cerca de 3.000 habitantes cada e localizadas entre 400 e 450 km a oeste da fronteira com o Paraguai, ficaram em situação de "isolamento social" por 72 horas, aguardando os resultados de 18 exames em avaliação, informou o governador do Chaco, Jorge Capitanich.
"O isolamento social significa impedir a circulação viral de qualquer forma. As pessoas precisam ficar em casa e não ter contato com outras pessoas", explicou Capitanich.