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Estado de Minas

Após crash histórico, mercados europeus se recuperam


postado em 13/03/2020 14:49

Os mercados financeiros europeus se recuperavam fortemente nesta sexta-feira (13) ao meio-dia, e Wall Street se prepara para acompanhar o passo, depois de uma queda histórica no dia anterior, frente à progressão da pandemia de coronavírus.

Em toda Europa, os mercados se recuperaram. Paris teve alta de 1,83%, Londres 2,46%, Frankfurt 0,77% e Madri 3,73%.

Wall Street também se recuperava fortemente em sua abertura. O Dow Jones registrou +5,84%, e o Nasdaq, +5,67%.

"A questão é saber se os investidores manterão sua postura no fim de semana", comentou Vincent Boy, analista de mercado da IG France.

Os atores do mercado temem, em particular, "um pouco mais de restrições em nível global, enquanto nenhuma estatística permite avaliar o impacto na atividade econômica na Europa, ou nos Estados Unidos".

Atrás da montanha-russa, uma avalanche de anúncios de estímulo. E, em particular, do governo alemão, que, rompendo o habitual discurso de disciplina orçamentária, prometeu ajudar as empresas "sem limites".

"Somente o alcance do pico epidêmico global combinado com medidas de apoio monetário e orçamentário (e obviamente a descoberta de uma vacina) permitirá o retorno dos ativos de risco à serenidade", estima Franklin Pichard, diretor da Kiplink Finances.

"Enquanto isso, qualquer recuperação será apenas passageira", alertou.

A China, onde o coronavírus surgiu em dezembro, considera que o pico da pandemia já passou em seu território, mas a COVID-19 arrasa outras partes do mundo, especialmente Itália e Irã.

Diferentemente das bolsas europeias, na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou nesta sexta-feira com queda de 6,08%, depois de ter perdido 4,4% na quinta-feira.

As bolsas chinesas também caíram ainda mais nesta sexta, mas menos do que Tóquio.

De Paris a Wall Street, de Londres a São Paulo, o declínio nos mercados financeiros mundiais foi vertiginoso na quinta-feira, com algumas bolsas de valores sofrendo sua pior sessão desde outubro de 1987.

Naquele ano, o anúncio de um forte déficit comercial dos EUA e um aumento da taxa do Banco Central alemão subitamente explodiu uma bolha que vinha inchando nos mercados há algum tempo. Em 19 de outubro de 1987, o Dow Jones perdeu 22,6%.

Na quinta-feira, os investidores foram surpreendidos com a decisão de Donald Trump de suspender a entrada de europeus do espaço Schenghen nos Estados Unidos por 30 dias.

As ações dispersas dos Estados e dos bancos centrais globais diante da pandemia aumentaram a incerteza.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou na quinta-feira um pacote de medidas para limitar o impacto econômico da crise da saúde na zona do euro. Não chegou a diminuir suas taxas básicas, porém, como fez, de surpresa, o Federal Reserve (Fed) americano.

Na quinta, o Fed também anunciou um aumento maciço de suas injeções de dinheiro nos mercados financeiros americanos para conter a crescente incerteza causada pela pandemia de coronavírus.

E o Fed de Nova York, que aumentou o financiamento de curto prazo para os mercados nos últimos dias, disse que oferecerá US$ 500 bilhões em fundos de três meses chamados acordos de recompra, nesta quinta e sexta-feiras, e US$ 500 bilhões em acordos de um mês, nesta sexta.

Hoje, o euro caía em relação ao dólar, passando para 1,1105 dólar às 10h10 contra 1,11185 dólar no dia anterior.

Já os preços do petróleo subiam acentuadamente por volta das 10h10. O barril WTI, referência americana, subia 5,56%, para 33,25 dólares, enquanto o barril de Brent do Mar do Norte subia 5,72%, para 35,12 dólares.


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