Os sindicatos da Airbus na Espanha criticaram fortemente o reinício da produção ordenada pela empresa nesta quarta-feira, estimando que é incompatível com a proteção da saúde dos funcionários, 138 dos quais com coronavírus.
O sindicato minoritário CGT lançou nesta quarta-feira uma convocação de greve indefinida a partir de 30 de março, rejeitando o reinício da produção na próxima segunda-feira após quatro dias de paralisação para garantir condições seguras do ponto de vista sanitário.
A Espanha superou o número de mortos pelo novo coronavírus da China nesta quarta-feira, com 3.434 mortes.
"A companhia deve entender que a saúde laboral dos trabalhadores não é brincadeira", afirmou o sindicato no Twitter.
O sindicato majoritário Comisiones Obreras ainda não aderiu à greve, mas exige a interrupção da produção normal.
De acordo com um saldo oferecido pela administração aos sindicatos na noite de terça-feira, 138 funcionários da Airbus na Espanha foram considerados positivos em coronavírus (embora nem todos os casos tenham sido efetivamente testados) e 21 outros funcionários em filiais.
Cerca de 820 funcionários estão em quarentena, dos quais 147 apresentaram sintomas.
Segundo a Airbus, os inspetores de trabalho espanhóis visitaram física e virtualmente suas três fábricas em Madri e não observaram "nenhuma situação de risco grave e iminente".