Uma autoridade regional francesa disse nesta quarta-feira (1) que a competição para obter máscaras fabricadas na China é tamanha que os americanos as compram diretamente nas pistas dos aeroportos chineses antes de iniciarem sua viagem à França.
"Na pista, os americanos oferecem dinheiro e pagam três ou quatro vezes o preço dos pedidos que fizemos, temos que lutar", disse Jean Rottner, presidente da região francesa Grand Est, uma das mais afetadas pelo novo coronavírus, em declaração à rádio RTL.
Segundo ele, os aviões partem em seguida rumo aos Estados Unidos e não à Franca.
"É complicado, lutamos 24 horas por dia" para obter as máscaras, disse Rottner, explicando que criou uma unidade especial em sua região para tratar a questão.
Na terça-feira, Renaud Muselier, presidente de outra região francesa (Paca, sudeste), também reclamou das práticas americanas.
Dois milhões de máscaras cirúrgicas chegaram na madrugada de quarta-feira da China para a região de Grand Est, que está comprando material por conta própria, além dos pedidos a nível nacional.
Diante das reclamações de escassez, o presidente francês Emmanuel Macron prometeu na terça-feira que o país terá "independência plena e total" para fabricar máscaras em seu território antes do final do ano.