Um funcionário do alto escalão do governo dos Estados Unidos negou as acusações de que o país teria comprado da China máscaras médicas que seriam destinadas à França.
"Perdemos um pedido para os americanos que nos superaram em uma remessa que tínhamos feito", disse Valérie Pécresse, presidente da região (administradora regional) de Ile-de-France, que inclui Paris, a mais populosa da França.
Segundo Pécresse, as máscaras que os americanos receberam da China foram encomendadas pelas autoridades francesas, que não receberam o material porque os Estados Unidos teriam pago um valor mais alto por elas.
Eles "estão apenas procurando fazer negócios por trás das angústias do mundo inteiro", disse a administradora francesa à emissora de televisão LCI.
Uma acusação semelhante foi feita pelo administrador da região de Grand Est no nordeste da França na quarta-feira.
Em Washington, um funcionário do governo disse à AFP "que o governo dos Estados Unidos não comprou nenhuma máscara da China destinada à França. Informações que apontam o contrário são totalmente falsas".
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pediu nesta quinta-feira às autoridades que analisassem alegações semelhantes de que as máscaras estavam sendo desviadas do país, classificando essas informações de "preocupantes".
"Precisamos garantir que o equipamento destinado ao Canadá chegue e permaneça no Canadá, e pedi aos ministros que acompanhem essas informações em particular", disse Trudeau em entrevista coletiva.
O governo canadense reconheceu que seus estoques de equipamentos médicos de proteção não são suficientes para atender à demanda, pois procura atender a uma onda de pacientes infectados e retardar a propagação do vírus.
O Canadá destinou 1,4 bilhão de dólares para comprar equipamentos médicos, enquanto solicita às empresas locais que usem linhas de montagem para fazer máscaras, jalecos médicos e ventiladores pulmonares.