(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Sem confinamento estrito, Alemanha aposta nos smartphones e bluetooth contra a pandemia

País acredita que monitorar dados pessoais de movimentação de cada cidadão pode conter a pandemia


postado em 03/04/2020 07:19 / atualizado em 03/04/2020 07:58

(foto: Odd ANDERSEN / AFP)
(foto: Odd ANDERSEN / AFP)

A Alemanha pretende recorrer aos smartphones e à tecnologia bluetooth para lutar contra a pandemia de coronavírus, apesar de sua tradicional relutância a usar os dados pessoais dos cidadãos.


A própria chanceler Angela Merkel - que fala com frequência de sua juventude sob vigilância na Alemanha Oriental - afirmou na quarta-feira que está pronta para utilizar a tecnologia se for eficaz contra o vírus.


No momento, a Alemanha parece conter de maneira mais eficiente que os países vizinhos a epidemia, com menos de 900 mortos, de acordo com o balanço oficial, graças à política de testes em larga escala.


Por este motivo, o país não aplica até o momento o confinamento estrito e generalizado adotado por França, Itália ou Espanha.


O governo já está preparando a próxima fase, com a possível flexibilização ao final do mês das medidas de distanciamento social e do fechamento de locais públicos.


O ministro da Saúde, Jens Spahn, explicou, no entanto, que "para que isto seja possível temos que poder identificar e entrar em contato rapidamente com todas as pessoas que estiveram em contato com uma pessoa infectada".


Em março, o governo foi obrigado a recuar no plano para utilizar os dados pessoais dos cidadãos.


De acordo com este plano, as operadoras de telefonia teriam que proporcionar os dados de 46 milhões de clientes na Alemanha para identificar os contatos das pessoas enfermas.


Uma medida considerada intolerável por muitos no país, marcado pela espionagem e o controle do regime nazista e mais tarde pela Stasi, a polícia política da Alemanha Oriental.


Finalmente, o governo decidiu propor outro dispositivo que seria baseado no voluntariado.


O projeto teria como base um aplicativo que armazenaria durante 15 dias, sem geolocalização e garantindo a proteção de dados, as interações dos usuários graças à tecnologia bluetooth, que transforma o telefone em um emissor e receptor de sinais.


Se uma pessoa está infectada, o aplicativo enviaria um sinal ("push") a todas as pessoas com as quais ela se encontrou nas duas semanas anteriores para advertir sobre o risco de contágio.


Apenas quem fizer o download do aplicativo receberá a advertência do risco de contágio. Ao mesmo tempo, o anonimato do enfermo será garantido.


O sistema é inspirado em um similar ao empregado em Singapura, onde a epidemia de coronavírus foi contida, apesar da alta densidade da população nesta cidade-Estado.


Na Alemanha, o dispositivo está sendo desenvolvido pelo instituto Fraunhofer Heinrich-Hertz (HHI) no lado das telecomunicações e pelo instituto Robert-Koch pela parte epidemiológica.


O uso de dados pessoais foi aprovado pela Comissão Federal de Proteção de Dados, mas com algumas condições.


"A coleta e avaliação de dados pessoais para romper as cadeias de infecção só podem ocorrer com o consentimento dos cidadãos", afirmou à AFP o comissário Ulrich Kelber.


"Estes dados deverão ser conservados por um período limitado e claramente definido, e apenas com o objetivo de lutar contra a pandemia. Depois terão que ser suprimidos", acrescentou.


A ideia de utilizar dados pessoais dos telefones parece começar a ser aceita pela opinião pública. Quase 50% dos alemães são favoráveis, contra 38% que são contrários, segundo uma pesquisa do instituto Yougov.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

 

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

Especial: Tudo sobre o coronavírus 

Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa

Coronavírus é pandemia. Entenda a origem desta palavra


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)