A medida foi tomada devido à crise do coronavírus, disseram duas fontes da aviação nesta terça-feira.
Um porta-voz da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) destacou que "os trabalhos seguem em curso" para a certificação do MAX.
A Boeing havia anunciado que esperava receber aprovação regulatória para retomar os voos deste avião em meados de 2020. Um porta-voz da empresa confirmou que o prazo se mantém.
O voo de certificação supervisionado pela FAA estava programado para abril como uma etapa crucial para permitir o retorno do modelo ao serviço após uma ordem oficial para deixar todos os 737 MAX em terra.
As agências reguladoras proibiram os voos do modelo MAX a partir de março de 2019, depois que dois acidentes com aviões deste tipo deixaram 346 mortos.
A Boeing enfrenta uma grande pressão financeira pela suspensão de seu modelo mais vendido. A situação foi agravada pela pandemia de coronavírus, que interrompeu a fabricação de aeronaves comerciais nos Estados Unidos.
No final de outubro de 2018, a queda de um 737 MAX da companhia indonésia Lion Air matou 189 pessoas. Em 10 de março de 2019, outro MAX, da Ethiopian Airlines, sofreu um acidente ao sudeste de Adis Abeba logo após a decolagem, deixando 157 mortos.
A Boeing suspendeu a produção desses aviões durante grande parte do ano passado e a interrompeu totalmente em janeiro de 2020.