O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) que a decisão sobre quando reabrir o comércio dos Estados Unidos, fechada devido à pandemia do novo coronavírus, será a mais difícil em sua vida.
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Estados Unidos registram 2.100 mortes por Covid-19 em 24 horas, segundo universidadeLATAM suspende todos os seus voos internacionais até maioTrump tentará a reeleição em novembro e está ansioso por reabrir o comércio dos Estados Unidos depois de semanas de duras medidas que fecharam empresas e reduziram drasticamente o transporte em todo o país para conter a propagação da COVID-19.
O sólido desempenho econômico do país era sua bandeira de campanha. Mas uma abertura prematura poria em risco vidas, se os contágios dispararem. "Tenho que tomar a decisão mais importante da minha vida", disse.
Ante o vencimento, no fim do mês, das diretrizes federais atuais sobre distanciamento social, cresce a expectativa de que Trump diga aos americanos que podem começar a retomar a atividade normal a partir de maio, pelo menos em algumas partes do país.
A decisão será baseada em parte em dados médicos, mas também é fortemente influenciada por considerações políticas e recomendações do setor empresarial, devastado pelo fechamento, com uma queda abrupta da receita e pedidos de seguro-desemprego em massa.
Trump diz que vai anunciar na terça-feira os membros de um novo grupo de trabalho que deve preparar este processo.
"Eu o denomino grupo de trabalho para a abertura do nosso país, o nosso conselho de país", disse.
O grupo incluirá "médicos e empresários muito bons", assim como provavelmente governadores de estados, explicou.
Em um sinal de que Trump buscará um amplo apoio para o que poderia ser uma decisão politicamente perigosa, disse que quer uma representação política republicana e democrata. "Quero colocar os dois partidos", disse.
Para tranquilizar os críticos que dizem que corre o risco de se precipitar, Trump insistiu em que a opinião médica será chave.
"Estamos vendo uma data, esperamos poder cumprir uma data determinada, mas não faremos nada até que saibamos que este país vai estar saudável", disse. "Não queremos voltar e ter que começar de novo".