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Estado de Minas

Espanha se prepara para começar controversa reabertura

Governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez preparou cartilha, mas há temor de explosão de casos com volta de atividades em fábricas e na construção civil


postado em 12/04/2020 12:37

Governo espanhol pede que trabalhadores evitem transporte público na volta parcial ao trabalho(foto: JAVIER SORIANO / AFP)
Governo espanhol pede que trabalhadores evitem transporte público na volta parcial ao trabalho (foto: JAVIER SORIANO / AFP)

 
 
Com números ainda ruins, tendo 619 mortes em 24 horas entre sábado e domingo, a Espanha mantém para esta segunda-feira a reabertura de empresas e fábricas que não foram consideradas essenciais no decreto de paralisação econômica aprovado em 29 de março. Muitos especialistas consideram cedo para isso e o governo espanhol tenta tomar precauções para não haver explosão de casos de COVID-19, como a distribuição de 10 milhões de máscaras no transporte público. Também elaborou cartilha para trabalhadores e empresas com recomendações que tentam minimizar o risco de contágio.

Porém, os governos das províncias estão reticentes. O presidente (governador) de Castilla e León, Alfonso Fernández Mañueco, por exemplo, pediu ao primeiro-ministro Pedro Sánchez, neste domingo, que “espere alguns dias” antes de retornar à mobilidade trabalhista, pois não acredita que há segurança para isso. Sánchez, porém, reafirmou a intenão é ressaltou: “O confinamento geral será a regra. Nesta segunda-feira apenas a medida extrema da hibernação econômica termina. ”

Iniciativas como a da Espanha será observada de perto por países de fora da Europa, como o Brasil. Dependendo do que ocorrer, sinalizará se e quando será possível flexibilizar o funcionamento de algumas atividades por aqui. O comércio não essencial, porém, está fora do esforço tanto no Velho Mundo quanto em terras tupiniquins, ao menos inicialmente.

A medida do governo espanhol visa trabalhadores do setor industrial, da construção civil e ouitras atividades em que o teletrabalho não é possível. E ressalta que quem tem qualquer sintoma de contaminação pelo novo coronavírus não deve retomar as atividades, mas, sim, procurar ajuda médica.

Entre as recomendações está manter a distância mínima de 2m para outra pessoa. Assim, ao invés de usar transporte público, são recomendadas opções de mobilidade como moto, bicicleta ou caminhada. Também o próprio carro, mas cuidando de limpá-lo sempre, principalmente as áreas onde há contato, como maçanetas, volante e alavanca de câmbio. No caso de ônibus ou metrô, “apenas uma pessoa deve viajar para cada fila de assentos, mantendo a maior distância possível entre os ocupantes”, além da obrigatoriedade do uso de máscara.

Já ao chegar e sair do brabalho, a distância interpessoal de 2m deve continuar sendo seguida. Assim como durante a execução das tarefas. “Em particular, a área do vestiário deve garantir que a distância interpessoal possa ser mantida e armários individuais estejam disponíveis para guardar roupas. A retomada da atividade deve ser guiada pelo princípio de minimizar o risco. Portanto, o retorno à normalidade das atividades que correm o risco de aglomeração deve ocorrer por último “, diz o guia das autoridades.

No caso de empresas que atendem ao público, medidas deverão ser implementadas para minimizar o contato entre trabalhadores e clientes. Assim, a permanência do público deve ser a “estritamente necessária”. O pagamento on-line ou por cartão será incentivado e facilitado. Recomenda-se o uso de elementos físicos que garantam a proteção das pessoas. “A empresa deve fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) quando os riscos não podem ser evitados ou não podem ser suficientemente limitados por meios técnicos de proteção coletiva ou por medidas ou procedimentos para organizar o trabalho.” 

Também há pedido claro para que as empresas escalonem os horários o máximo possível para evitar multidões de pessoas no transporte público, bem como na entrada e saída dos centros de trabalho. “Recomenda-se suspender a assinatura por uma impressão digital, substituindo-a por qualquer outro sistema.”

As empresas, indepedentemente do tamanho, devem sinalizar claramente seus serviços médicos, que deverão estar a postos para intervir duante todo o período de funcionamento. Até a temperatura, entre 23ºC e 26ºC deve ser mantida sob controle, além de se adotar medidas de higienização regulares.

Para roupas de trabalho, o guia recomenda que, “quando terminar, coloque-as em sacos, feche-as e leve-as para lavagem, que deve ser feita com água quente. “Recomenda-se a temperatura entre 60ºC e 90ºC”, diz a cartilha.


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