Jornal Estado de Minas

Tímida volta ao trabalho na Espanha, que registra queda no balanço diário de mortes

Alguns setores na Espanha retornam com prudência ao trabalho nesta segunda-feira, quando o balanço diário de mortes provocadas pelo coronavírus registra uma queda, com 517 vítimas fatais em 24 horas, segundo o ministério da Saúde.

Depois de uma paralisação de duas semanas, o país retoma nesta segunda-feira as atividades em setores considerados não essenciais da economia, principalmente na construção civil e indústria, apesar da continuidade do confinamento dos 47 milhões de espanhóis e da recomendação do governo para que as pessoas respeitem as medidas de distanciamento social.



Diante do temor de aumento dos contágios, o governo começa a distribuir nesta segunda-feira 10 milhões de máscaras nos transportes públicos, uma iniciativa que "vai muito bem", nas palavras do ministro dos Transportes, José Luis Ábalos.

"A distribuição vai muito bem, porque algumas pessoas não têm máscaras nem luvas. É bom para algumas pessoas porque as farmácias não vendem, porque estão em falta, e algumas estão sem proteção, um perigo para as outras pessoas", declarou à AFP na estação de Atocha (Madri) Blanca Cisneros, que trabalha em uma casa de repouso.

A estação de Atocha, porém, não estava lotada. o metrô de Madri anunciou que registrou nesta segunda-feira um aumento de 34% do número de passageiros na comparação com a semana passada, mas um número 86% menor que o observado na mesma data em 2019.

Depois de uma leve alta no domingo, a Espanha registrou nesta segunda-feira uma nova queda no balanço diário de mortes provocadas pelo novo coronavírus, com 517 vítimas fatais.

Terceiro país com mais óbitos pela COVID-19 no mundo, atrás de Estados Unidos e Itália, a Espanha registra 17.489 mortes em consequência da doença.

O país também observou o menor número de contágios diários desde 20 de março. O dado global de casos confirmados na Espanha alcança 169.496.

As autoridades de saúde afirmam que o pico da epidemia ficou para trás, depois que o país chegou a registrar 950 mortes no dia 2 de abril.

Apesar da mensagem de esperança, o primeiro-ministro Pedro Sánchez advertiu no domingo que o país ainda está longe da vitória contra a COVID-19. Ele afirmou que provavelmente o confinamento da população deve ser prolongado para além de 25 de abril, data oficial do fim da medida.