O novo coronavírus é dez vezes mais letal do que o vírus responsável pela gripe A (H1N1) e surgido no final de março de 2009 no México - disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo uma suspensão "lenta" do confinamento.
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Pequim fecha as portas por medo de novo surto de coronavírusEspanha relaxa isolamento após vírus desacelerarEquador tira 36 corpos por dia em casas de Guayaquil, núcleo do surto no paísEnquanto a nova pandemia de coronavírus deixou mais de 115.000 mortes em todo o mundo desde que surgiu na China em dezembro, segundo um balanço estabelecido pela AFP com fontes oficiais, a gripe A (H1N1) deixou 18.500 mortos, segundo a OMS. No entanto, a revista médica Lancet estimou o número de mortes entre 151.700 e 575.400.
A pandemia causada pelo vírus A (H1N1) levou a campanhas maciças de vacinação.
Os países ocidentais, particularmente os europeus, e a OMS foram criticados por uma mobilização considerada superdimensionada a cada ano, a gripe sazonal deixa entre 250.000 e 500.000 mortos, segundo autoridades mundiais de saúde.
Na falta de uma vacina contra o novo coronavírus SARS-Cov-2, a OMS insta os países a lançarem campanhas de diagnóstico generalizadas entre os casos suspeitos, colocá-los em quarentena e acompanhar seus contatos. Seu diretor reconheceu, contudo, que, na "era da globalização, significa que o risco da COVID-19 se reintroduzir e ressurgir pode continuar".
"Por fim, o desenvolvimento e a distribuição de uma vacina segura e eficaz serão necessários para impedir completamente a disseminação", enfatizou.
Dada a falta de testes e o congestionamento de muitos hospitais pelos infectados, os governos implementaram medidas de confinamento que levaram à paralisia de setores da economia.
Entretanto, nos últimos dias, as pressões se multiplicam para retomar a atividade econômica.
O diretor da OMS recomendou que os países encontrem "o equilíbrio entre as medidas para combater a mortalidade por COVID-19 e outras doenças devido aos sistemas de saúde sobrecarregados e ao impacto socioeconômico" da pandemia.
Ele reiterou que as medidas de contenção serão progressivamente suspensas.
"Sabemos que em alguns países, os casos dobram a cada 3 a 4 dias. Enquanto o COVID-19 se espalha muito rapidamente, diminui muito mais lentamente", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Isso significa que as medidas devem ser suspensas lentamente e com controle", insistiu.