A crise atual "é de natureza totalmente nova e mais violenta que a anterior", disse o governador em entrevista ao Journal du Dimanche.
"Acredita-se que a França experimentará uma queda no PIB de pelo menos 8% em 2020", disse.
"Cada quinzena de confinamento acarreta uma queda no crescimento anual de aproximadamente 1,5 pontos e quase o mesmo em termos de déficit orçamentário adicional", lembrou.
"Não voltaremos imediatamente a uma atividade normal" quando começar o fim do confinamento em 11 de maio, previu.
"Será um Ato II, no qual a confiança na saúde e a economia terão que crescer ao mesmo tempo, tanto para os empregadores quanto para os empregados".
"Ainda não sabemos a duração do Ato II até a retomada completa", enfatizou Villeroy de Galhau.
Na opinião dele, o Estado "desempenha um papel importante como amortecedor" diante da crise.
"A intervenção pública maciça absorveu pelo menos dois terços do choque e reduziu seu impacto nas famílias e nas empresas".
"Seu papel protetor deve diminuir à medida que os vários setores se recuperarem", destacou, "especialmente por esse crédito coletivo terá que ser pago no futuro".
"A França emergirá desse choque com um aumento da dívida pública de pelo menos 15 pontos do PIB, até 115%. A longo prazo, esse dinheiro terá que ser reembolsado", disse governador.