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Brasil tem 38.654 casos de coronavírus; mortes sobem para 2.462São Paulo: mortes por coronavírus já passam de mil; casos confirmados chegam a 14.267EUA ultrapassa 40 mil mortos por coronavírus; Itália tem menos mortes diáriasAndrew Cuomo, governador do estado, que também possui quase um terço das 740.000 infecções no país, anunciou pela primeira vez uma diminuição nas infecções.
"Passamos o pico e tudo indica que estamos em declínio neste momento", disse Cuomo durante uma conferência de imprensa, mas alertou que a continuidade dessa tendência depende das ações tomadas.
Itália, Espanha, França e Inglaterra também registraram quedas na taxa de infecção e também relataram menos mortes por COVID-19.
Segundo uma contagem da AFP, o Velho Continente representa quase dois terços das 160.000 mortes registradas em todo o mundo.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a pandemia está longe de ser combatida, com "números ou aumentos constantes" na Europa Oriental e no Reino Unido.
Na África, oficialmente ultrapassou os 1.000 óbitos, três quartos das quais foram registrados na Argélia, no Egito, em Marrocos e na África do Sul.
Debate sobre confinamento
O acúmulo de evidências sugere que o confinamento e o distanciamento social foram a chave no combate a essa pandemia, que surgiu no centro da China no final de 2019.
Mas governos de todo o mundo estão debatendo como e quando começar a diminuir as restrições ao movimento de pessoas, o que causou paralisia na economia global.
Os especialistas também expressaram preocupação com o eventual prolongamento do confinamento e os possíveis problemas de saúde mental que isso pode causar.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está confrontando os governadores estaduais por uma possível suspensão das medidas de confinamento no país, uma discussão que endureceu após o apoio explícito do chefe de Estado republicano aos protestos contra as restrições.
O vice-presidente Mike Pence disse que todos os estados têm a capacidade de realizar a quantidade necessária de testes de COVID-19 para permitir uma reabertura preliminar da economia e retomar parcialmente a vida normal do país.
No entanto, governadores de vários estados disseram que sua capacidade de teste está bem abaixo dos níveis exigidos para evitar novos surtos.
Trump também atacou a China e alertou que este país poderá enfrentar "consequências" se for "intencionalmente responsável" pela propagação do vírus.
O laboratório da cidade chinesa de Wuhan, apontado como uma possível fonte do coronavírus, disse que isso é "impossível" e descartou toda a responsabilidade pelas dúvidas do Ocidente e acusações de Trump.
Segundo os cientistas chineses, o vírus pode ter passado de um animal para outro em um mercado que vendia animais vivos em Wuhan, epicentro da pandemia.
Bolsonaro mantém ceticismo
Na América Latina, a crise da saúde ameaça deixar uma conta pesada. A região está perto de 5.000 mortes e registrou quase 100.000 infecções.
Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro discursou para manifestantes que, quebrando a quarentena por causa do novo coronavírus, se reuniram em frente ao Quartel Central do Exército para solicitar intervenção militar e o fechamento do Congresso.
Bolsonaro critica constantemente líderes parlamentares, governadores e prefeitos que defendem medidas de quarentena e de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus, que no Brasil, com 210 milhões de habitantes, já causou pelo menos 2.462 mortes entre 38.654 casos confirmados.
A enorme disponibilidade de testes de coronavírus, um fator-chave para amenizar as restrições de movimento, está longe de ser uma realidade na região.
Na Bolívia, o governo boliviano admitiu que, nos 40 dias de pandemia no país, apenas 3.900 testes foram realizados. Até o momento, foram registradas 520 infecções e 32 falecimento neste país, com 11,3 milhões de habitantes.
Páscoa ortodoxa em isolamento
No meio da epidemia, e depois de católicos, protestantes e judeus, mais de 260 milhões de cristãos ortodoxos celebraram a Páscoa neste domingo em condições excepcionais, embora em algumas áreas as regras de distanciamento sejam flexíveis.
O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, que minimizou a gravidade da epidemia, visitou uma capela no país neste domingo e criticou aqueles que "reduzem o caminho para as pessoas irem à igreja".
Na Geórgia, Ucrânia e Bulgária, os fiéis também se reuniram para celebrar a Páscoa.
Já na Romênia, Sérvia, Albânia e Macedônia do Norte, as igrejas permaneceram fechadas.
Na Grécia, milhares de policiais, apoiados por helicópteros e drones, tentavam impedir as pessoas de sair às ruas.
Em um discurso televisionado, o patriarca russo Kirill destacou "a terrível doença que atingiu nosso povo". A igreja está vazia, mas "estamos juntos, uma grande família de crentes ortodoxos", disse Kirill.