A pandemia do novo coronavírus revelou as "carências sistêmicas" dos serviços de saúde em todo o mundo, afirmou nesta segunda-feira o G20, que não comentou a decisão dos Estados Unidos de suspender o financiamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os ministros da Saúde das 20 principais economias do mundo participaram no domingo em uma videoconferência organizada pela Arábia Saudita, que preside atualmente o G20, uma organização que é criticada por seu silêncio inicial sobre a COVID-19.
"Os ministros da Saúde reconheceram que a pandemia de COVID-19 expôs fragilidades sistêmicas nos serviços de saúde", afirma um comunicado conjunto divulgado ao final da reunião.
"Isto revelou também as vulnerabilidades na capacidade da comunidade internacional de prevenir e responder a ameaças da pandemia", completa a nota.
Os ministros destacaram a necessidade de melhorar a eficácia dos sistemas de saúde a partir da troca de informações.
Mas o G20 não mencionou a decisão anunciada na quarta-feira passada pelo presidente americano Donald Trump de suspender o financiamento da OMS, depois de acusar a organização de falhas na gestão da pandemia e de adotar posições muito favoráveis à China.
Em 2019, Washington contribuiu com quase 400 milhões de dólares ao financiamento da agência da ONU.
A pandemia provocou mais de 164.000 mortes no mundo, quase dois terços delas na Europa, desde que surgiu na China em dezembro, de acordo com o balanço mais recente da AFP, estabelecido a partir de fontes oficiais.