Jornal Estado de Minas

Djokovic se diz contrário a vacina obrigatória

O sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking mundial de tênis, se pronunciou contra uma eventual vacina obrigatória para o reinício das competições, explicando que viajar seria "o desafio número um" para os jogadores, em videoconferência com atletas de seu país realizada na noite de domingo (19).



"Eu, pessoalmente, sou contra vacinação. Eu não gostaria que alguém me obrigasse a me vacinar para que eu possa viajar", disse o sérvio.

"Teremos que viajar e acredito que isso será o desafio número um (...) As viagens serão o principal obstáculo", declarou Djokovic em conversa organizada em sua página no Facebook para celebrar a Páscoa ortodoxa.

O jogador sérvio falava desde sua casa na Espanha, onde se encontra confinado com a família devido à pandemia do coronavírus.

"Eu sou o primeiro com esta incerteza. O que fazer com as viagens? Eu, pessoalmente, não sou favorável às vacinas. Não gostaria de ser obrigado a me vacinar para viajar", declarou Djokovic aos compatriotas, entre eles vários outros tenistas.

"Se esta for a regra, a lei, o que vai acontecer? Terei que decidir se vou me submeter a isso ou não. No momento, tenho esta opinião. Não sei se mudará", completou o número 1 do mundo.

"Mas que vacina, se ela ainda não existe?", questionou.

Djokovic estimou que as competições não poderão recomeçar "antes de setembro, outubro", num momento em que o tênis mundial está oficialmente suspenso até meados de julho.

"A temporada será retomada oficialmente quando todo mundo estiver 100% seguro de que se pode viajar, que não há risco, que as pessoas são resistentes ao vírus, e isso levará tempo", concluiu.