O presidente americano, Donald Trump, minimizou nesta sexta-feira (24) suas declarações sobre o uso de injeções de desinfetante para combater o novo coronavírus.
Trump disse que foi sarcástico quando sugeriu que as pessoas poderiam tentar a injeção do produto. "Eu estava fazendo uma pergunta sarcástica a repórteres como você, apenas para ver o que aconteceria", disse a jornalistas na Casa Branca.
Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira, Trump perguntou aos cientistas presentes sobre o papel dos desinfetantes na morte do coronavírus.
"Destrói (o vírus) em um minuto. Um minuto. E existe uma maneira de fazer isso com uma injeção ou como uma limpeza interna? Porque você vê que o vírus entra e se multiplica tremendamente nos pulmões", disse ele.
Trump agora diz que estava conversando com um jornalista, fazendo "uma pergunta sarcástica a um repórter".
Na verdade, ele estava conversando diretamente com um funcionário do Departamento de Segurança Interna na sala de reuniões, Bill Bryan.
Sentada ao lado de Bryan estava a principal consultora médica de coronavírus da Casa Branca, Dra. Deborah Birx.
Trump frequentemente faz provocações aos jornalistas em suas coletivas e na quinta-feira, e chamou dois deles de "falsos".
Ele também repetiu suas queixas frequentes de que a mídia o trata de forma injusta e minimiza suas realizações.
No entanto, ao discutir sobre as injeções, Trump nem chegou à fase de perguntas e respostas e todas as falas foram entre ele e outras autoridades.
O comentário sobre o desinfetante causou confusão e alarme generalizados nesta sexta-feira.
O grupo do popular produto doméstico Lysol disse em comunicado que "sob nenhuma circunstância nossos desinfetantes devem ser administrados ao corpo humano (por injeção, ingestão ou qualquer outra via)".
A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse que a mídia tirou o "presidente Trump do contexto", mas não disse que ele estava sendo sarcástico.