A cidade de Nova York registrou um aumento no número de casos de intoxicação por desinfetante, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter sugerido em coletiva de imprensa que a injeção do produto poderia ajudar no tratamento contra o novo coronavírus. As informações são da rede americana NBC.
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Coronavírus: prefeito de Nova York espera ter plano de reabertura até 1º de junhoCoronavírus: Nova York tem menos de 400 novas mortes neste domingoEntre os 30 casos registrados nessas dezoito horas, nove envolviam o desinfetante Lysol; outros dez eram relacionados a alvejantes e onze incluíam outros produtos de limpeza.
A declaração do presidente Donald Trump foi feita na última quinta-feira, 23, em um briefing na Casa Branca. O presidente sugeriu que uma "injeção no interior" do corpo humano com um desinfetante como água sanitária ou álcool isopropílico poderia ajudar a combater o vírus.
"E então vejo o desinfetante, onde ele é eliminado em um minuto", disse Trump após uma apresentação de William N. Bryan, um subsecretário de ciências do Departamento de Segurança Interna, detalhando a possível suscetibilidade do vírus a água sanitária e álcool.
"Um minuto", disse o presidente. "E existe uma maneira de fazer algo assim, injetando dentro ou quase limpando? Porque você vê que entra nos pulmões e alcança uma cifra enorme nos pulmões. Portanto, seria interessante verificar isso."
Na sexta-feira, os fabricantes de produtos de limpeza doméstica se manifestaram. Reckitt Benckiser, da fabricante de Lysol e Dettol, emitiu o primeiro aviso, dizendo: "Sob nenhuma circunstância nossos produtos desinfetantes devem ser administrados ao corpo humano (por injeção, ingestão ou qualquer outra via)".
A Clorox, fabricante de alvejantes, logo o seguiu, dizendo que é fundamental que os consumidores entendam os fatos. "Alvejantes e outros desinfetantes não são adequados para consumo ou injeção em nenhuma circunstância", afirmou o documento.
Mais tarde, na sexta-feira, Trump disse que estava sendo "sarcástico" quando fez o comentário.