Após medidas de isolamento tomadas como forma de dificultar a propagação da COVID-19, animais têm sido vistos em locais nos quais antes era comum o tráfego de pessoas. A quarentena colocou em casa pelo menos 2,8 bilhões de pessoas em todo o planeta e, enquanto não ocorrem medidas de flexibilização, os animais têm cuidado de ruas, canais e lagoas.
Segundo o zoólogo italiano Andrea Mangoni, a flora e a fauna da lagoa não mudaram durante o isolamento. “O que mudou foi a chance de ver os bichos. O sedimento permanece no fundo. Agora, podemos ver 50 ou 60 centímetros além, às vezes, 1 metro abaixo da superfície. O resultado é ver animais que estavam literalmente escondidos nas águas turvas”, explicou.
Em Istambul (Turquia), golfinhos foram observados nadando no Estreito de Bósforo. A redução de barcos e a proibição da pesca contribuíram para o ressurgimento dos animais. O país, governado por Recep Erdo%u011Fan, tem mais de 110 mil casos confirmados de coronavírus. As autoridades turcas tinham adotado inicialmente o isolamento vertical, mas viram o número de casos de COVID-19 crescer de forma descontrolada. O presidente turco chegou a afirmar, em mais de uma ocasião, que a roda econômica não poderia parar.
Em Manaus (AM), um bicho-preguiça foi flagrado por servidores do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), órgão da Prefeitura de Manaus que gerencia o espaço, e por guardas municipais no Complexo Turístico de Ponta Negra. O cartão-postal da capital do Amazonas está fechado desde 22 de março por causa da pandemia do novo coronavírus. Manaus já tem mais de 3,6 mil casos confirmados do novo coronavírus. No Brasil, esse número ultrapassa os 60 mil.
(*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves)