Ana Mendonça*
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mencionar o Brasil ontem como um dos países que enfrentam "um momento difícil" por causa da disseminação do novo coronavírus. Durante entrevista coletiva, Trump comentou o fato de que a curva de contágios do coronavírus no país tem mostrado uma grande inclinação. O líder americano falou brevemente sobre o Brasil, citando o quadro de saúde e afirmando que o presidente Bolsonaro é "um grande amigo".
Em sua conta do Twitter, o presidente Donald Trump criticou a estratégia da Suécia de não fazer uma ampla quarentena, como ocorreu em outros países. Enquanto a maioria dos europeus cumpria as regras do isolamento social, os suecos seguiram frequentando bares, restaurantes escolas e academias. Recentemente, por causa desse comportamento, o número de mortes locais aumentou drasticamente.
"Apesar dos relatos em contrário, a Suécia está pagando muito por sua decisão de não fazer isolamento. Até ontem, 2.462 pessoas morreram lá, número muito maior do que os vizinhos da Noruega (207), Finlândia (206) e Dinamarca (443). Os Estados Unidos tomaram a decisão correta!", escreveu Trump.
O comentário surge dois dias após os Estados Unidos ultrapassarem a marca de 1 milhão de casos de COVID-19. Durante semanas, a Casa Branca faz pressão nos governos dos estados para que os americanos retomem as atividades suspensas pelas medidas de isolamento exigidas para o controle da pandemia. São mais de 60 mil mortos no país.
O presidente americano vem sofrendo vários ataques nas redes sociais, sendo acusando de não agir com eficácia e rapidez. Trump, por outro lado, vem culpando a China pela pandemia. Especialistas alegam que a recessão ameaça os planos de reeleição do presidente republicano.
Porém, mesmo com as críticas, Trump também não impôs uma quarentena radical e se mostrou várias vezes a favor de que o comércio e outros setores da economia sejam reabertos o mais rapidamente possível. O presidente já deixou claro que a principal preocupação do governo americano é a retomada econômica.
A estratégia da Suécia de não seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi bem-vista internamente e teve apoio de cientistas suecos. Mais recentemente, o número de casos e mortes no país aumentou e colocou a escolha do governo sob críticas pesadas de epidemiologistas dentro e fora de suas fronteiras.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Murta