Jornal Estado de Minas

Polícia alemã investiga islamistas suspeitos de golpe em ajuda por pandemia

A polícia alemã revistou os apartamentos de vários muçulmanos salafistas de Berlim nesta quinta-feira (7), suspeitos de golpe para obter a ajuda financeira concedida pelo governo, em função do impacto da pandemia de coronavírus - anunciou a Promotoria local.



Esta operação diz respeito a cinco pessoas "pertencentes aos setores salafistas de Berlim", disse a polícia.

Aponta, em particular, para o "núcleo duro" da antiga e altamente controversa mesquita Fussilet em Berlim.

Suspeita-se de que nela tenham estado vários islâmicos considerados perigosos na Alemanha, especialmente o tunisiano Anis Amri. Ele foi o autor do ataque com caminhão em dezembro de 2016 em um feira de Natal em Berlim. O episódio deixou 12 mortes.

Entre os cinco suspeitos, está uma pessoa próxima a Anis Amri e um imã, segundo o jornal de Berlim "Tagesspiegel".

A polícia revistou as casas e os veículos dessas pessoas.

O grupo é suspeito de "obter ajuda financeira de forma fraudulenta da cidade de Berlim", devido ao impacto da epidemia, informou a Promotoria.

Os valores giram em torno de 50.000 e 60.000 euros, segundo fontes próximas à investigação citada pelo "Tagesspiegel".

Durante a crise da saúde, as autoridades alemãs concederam vários auxílios financeiros às empresas, mas também a trabalhadores independentes e autônomos, sem fazer controles muito rigorosos.

Desde então, vários casos de fraude foram registrados. Um dos mais usados é a criação de sites oficiais falsos para receber a inscrição de quem quer pedir o benefício do governo.

Os golpistas usam os detalhes dos candidatos para pedir ajuda para si mesmos.