Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

O Reino Unido prolonga o confinamento, mas deve levantar algumas restrições

O governo britânico prorrogou nesta quinta-feira(7) o confinamento em vigor desde março para conter o avanço do coronavírus, mas a expectativa é de que sejam levantadas algumas restrições no final de semana.



O primeiro-ministro Boris Johnson se reuniu com os principais ministros após mais de seis semanas de confinamento.


Ele garantiu que qualquer flexibilização seria feita com "extrema cautela", de acordo com seu porta-voz.


"Não faremos nada que possa provocar uma nova onda" de contaminações, disse esta fonte. "Qualquer flexibilização das restrições na próxima semana será muito limitada, não faremos nada que traga riscos de anular os esforços e sacrifícios realizados", disse ele.


Em vigor desde 24 de março, o confinamento já foi prorrogado uma vez até esta quinta-feira. O chefe de governo, curado da COVID-19, indicou que revelaria nesta data sua estratégia para o futuro, dirigindo-se diretamente aos britânicos.



Segundo a mídia local, em breve, a população poderá se exercitar ao ar livre sem limitações, fazer piquenique e tomar sol nos parques, desde que seja respeitada uma distância de segurança de dois metros entre as pessoas.


Atualmente, a população só pode sair para fazer compras, receber tratamento ou se exercitar uma vez por dia.


Também devem ser adotadas medidas para permitir o retorno de algumas atividades, mantendo distâncias entre os funcionários.


"O vírus ainda circula em um nível alto. Acreditamos que já ultrapassamos o pico, mas precisamos ficar alertas para não criar uma situação em que teríamos um segundo pico mais forte e mais rápido", explicou o Secretário de Estado da Irlanda do Norte, Brandon Lewis, nesta quinta-feira à BBC.



"Vamos analisar como avançar de maneira que seja priorizada a saúde das pessoas", acrescentou, e pediu à população para ficar em casa no próximo fim de semana, apesar do bom tempo.


Na Escócia, onde a taxa de disseminação do vírus é mais alta do que em outras regiões, a primeira-ministra Nicola Sturgeon enfatizou que um relaxamento só seria possível se os dados científicos permitissem.


Em coletiva de imprensa, ela afirmou: " É preciso ter muita cautela" neste momento decisivo e "crítico".


O governo é criticado não apenas pelos importantes efeitos econômicos e sociais da contenção, mas também por não alcançar por vários dias seguidos seu objetivo de realizar mais de 100.000 testes diários.


O Banco da Inglaterra prevê uma queda histórica de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, devido ao choque econômico causado pela pandemia, mas decidiu manter sua principal taxa de juros em 0,1%.


No entanto, em seu relatório trimestral, a instituição indica que espera uma forte recuperação em 2021, com um aumento de %2b 15% do PIB.


Até o momento, o coronavírus já matou mais de 30.000 pessoas no Reino Unido, o segundo país com mais óbitos, atrás dos Estados Unidos.