O G20 prometeu na quinta-feira (14) que evitará impor barreiras comerciais "inúteis" a produtos essenciais - como alimentos - durante a pandemia da COVID-19, depois que o FMI e a OMC pediram aos países do grupo que não aproveitem a situação para tomar medidas protecionistas.
A pandemia abalou bastante a economia e o comércio mundiais e gerou temores de uma recessão sem precedentes desde a Grande Depressão de 1930.
O volume do comércio internacional provavelmente registrará "retrocessos de dois dígitos" em quase todas as regiões do mundo, afirmou a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os ministros de Comércio e Investimento do G20 observaram que, embora sejam necessárias, as restrições sobre produtos médicos vitais e outros itens essenciais devem ser "proporcionais, transparentes e temporárias", e não constituir "barreiras inúteis ao comércio, ou uma interrupção nas redes de abastecimento".
Após uma reunião virtual organizada pela Arábia Saudita, que atualmente ocupa a presidência do grupo, os ministros também se comprometeram a "se abster de introduzir restrições à exportação de produtos agrícolas" e evitar "armazenamento de resíduos de alimentos".
No mês passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OMC manifestaram preocupação com as interrupções que afetam as cadeias de suprimentos, devido a restrições de exportação. Essas restrições limitam o comércio de produtos médicos e de bens alimentícios essenciais.
Ambas as organizações pediram aos governos que evitem impor esse tipo de restrição, considerando que, no longo prazo, elas podem prolongar a crise econômica e de saúde e afetar muito gravemente os "países mais pobres e vulneráveis".