Completamente desinfetada, a Basílica de São Pedro em Roma reabrirá suas portas aos turistas nesta segunda-feira, mas com rigorosas normas de segurança.
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LATAM demitirá 1.400 funcionários em Chile, Colômbia, Equador e PeruCasos declarados de coronavírus no mundo passam de 4,5 milhõesEuropa tenta aplacar desastre econômico da pandemia e avança no desconfinamentoAté o momento, nenhuma cerimônia religiosa pública foi planejada com o Papa Francisco, nem dentro da basílica, que pode acomodar 60.000 pessoas em tempos normais, ou ao ar livre na Praça de São Pedro.
Na manhã de sexta-feira, uma equipe de limpeza cuidou da desinfecção da imensa basílica de 23.000 m2, pertencente ao microestado da Cidade do Vaticano.
Sob a cúpula desenhada por Michelangelo e em torno da monumental copa de bronze de Bernini, os trabalhadores de manutenção, usando máscaras brancas e roupas de proteção, limparam todas as superfícies susceptíveis de serem tocadas pelos visitantes. Um agente montado em um veículo elétrico foi responsável pela limpeza dos suntuosos pisos de mármore policromado.
De acordo com Andrea Arcangeli, responsável pela gestão da saúde do Vaticano, os agentes pulverizaram "uma solução diluída à base de cloro, doseada para não danificar superfícies preciosas e objetos de arte".
O local sagrado, também templo do turismo de massa, foi fechado para turistas em 10 de março, dia do início do confinamento de toda a Itália, principal foco da disseminação do coronavírus que, até o momento, deixou mais de 31.000 mortes no país.
Desde o início da pandemia, o Vaticano, um enclave no meio de Roma, decidiu aplicar os mesmos padrões de saúde da Itália.
A Basílica de São Pedro, como outras três basílicas pontifícias, devem seguir a recomendação do Ministério do Interior italiano, que limita o comparecimento a uma celebração religiosa em local de culto fechado a 200 pessoas.
Nas missas, para a distribuição individual das hóstias, o celebrante deve desinfetar as mãos, vestir luvas de uso único e uma máscara protetora, depois largar a hóstia "sem entrar em contato com as mãos dos fiéis", de acordo com o protocolo do governo.
Os fiéis devem dispensar a água benta e sentar um metro de distância um do outro.
Entradas controladas
A partir de segunda-feira, a guarda do Vaticano, com a ajuda de voluntários da Ordem de Malta, ficará encarregada de controlar as entradas da Basílica de São Pedro.
O uso de câmeras térmicas para medir a temperatura dos visitantes está em estudo, mas apenas para grandes festas religiosas, diz o enclave.
O papa celebrará uma missa na segunda-feira de manhã, que será transmitida por vídeo na basílica, em frente ao túmulo de João Paulo II, por ocasião do centenário de seu nascimento.
A partir de terça-feira, ele deixará de transmitir sua missa diária ao vivo da capela de sua residência em Santa Marta, localizada logo atrás da basílica. Esse evento matutino foi assistido por milhões de fiéis em todo o mundo, confinados e impedidos de irem à igreja local.
A retomada das celebrações religiosas em público na Itália a partir de segunda-feira, inicialmente excluída por razões de saúde, foi decidida após um intenso esforço entre o episcopado italiano e o governo.
Em pleno confinamento, o papa argentino teve que celebrar o domingo de Páscoa em uma basílica de São Pedro deserta. Quanto à tradicional "Via Crucis", ocorreu em uma praça de São Pedro privada de fiéis. Uma imagem inédita, especialmente em comparação com as 20.000 pessoas que geralmente estão presentes no anfiteatro romano do Coliseu.
A Santa Sé não especificou quando as audiências tradicionais de quarta-feira serão retomadas. Jorge Bergoglio realizou sua última audiência ao ar livre em 26 de fevereiro, apertando dezenas de mãos em plena epidemia.
A Cidade do Vaticano teve oficialmente doze casos de contágio até agora, incluindo um prelado que vive na mesma residência que o Papa Francisco.