"Apesar de todos os esforços que temos feito para cuidar dos empregos, nos vemos obrigados a tomar esta difícil decisão. Os impactos da COVID-19 são profundos e é inevitável reduzir o tamanho do grupo LATAM para proteger sua sustentabilidade no médio prazo", disse o diretor-executivo da companhia, Roberto Alvo, em comunicado divulgado pela empresa.
Em abril, a LATAM Airlines tinha anunciado uma diminuição de 95% de suas operações.
Antes do lançamento do comunicado desta sexta-feura, circulava na mídia local um vídeo corporativo no qual a Alvo anunciava a decisão aos 43.000 trabalhadores da empresa.
"Infelizmente, chegamos à conclusão de que não temos outra opção a não ser começar a diminuir o grupo e isso significa, entre outras coisas, que teremos que deixar algumas pessoas que trabalham conosco", declarou o diretor na gravação.
A companhia aérea, que surgiu da fusão da LAN chilena e da TAM brasileira, voava para 145 destinos em 26 países antes da pandemia e teve presença direta na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Operava aproximadamente 1.400 voos diários, transportando mais de 74 milhões de passageiros po ano.
Essa decisão faz com que seja uma das primeiras companhias aéreas a anunciar demissões em massa.
A Avianca da Colômbia, a segunda maior companhia aérea da América Latina, pediu neste domingo falência nos Estados Unidos para reorganizar sua dívida "devido ao impacto imprevisível da pandemia" em seus negócios.
Em todo o mundo, a indústria da aviação sofreu um forte golpe do coronavírus, sendo diretamente afetada pelo confinamento e fechamento de fronteiras.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), as companhias aéreas da América Latina perderão 15 bilhões de dólares em receita este ano, na pior crise da história do setor.