O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, exigiu que a China revele "de imediato" o paradeiro do Panchen Lama, escolhido há 25 anos pelo Dalai Lama, e capturado pouco depois com apenas seis anos.
O Dalai Lama, que vive exilado na Índia e tem forte apoio mundial, identificou em maio de 1995 Gedhun Choekyi Nyima como a reencarnação do Panchen Lama, a segunda figura mais importante do budismo tibetano.
O menino foi detido três dias depois na China e não voltou a ser visto desde então. Grupos de direitos humanos o consideram o preso político mais jovem do mundo.
"Os budistas tibetanos, assim como os membros de todas as comunidades religiosas, devem poder escolher, educar e venerar seus líderes religiosos, de acordo com suas tradições e sem interferência do governo", declarou Pompeo em um comunicado.
"Fazemos um apelo ao governo da RPC (República Popular da China) para que torne público de imediato o paradeiro do Panchen Lama e defenda tanto sua própria Constituição quanto seus compromissos internacionais de promover a liberdade religiosa para todas as pessoas", prosseguiu.
A China nomeou seu próprio Panchen Lama, embora muitos tibetanos não o reconheçam.
O Partido Comunista da China, no poder há 71 anos e contrário ao culto religioso, já deixou claro que poderia tentar nomear o sucessor do Dalai Lama, de 84 anos.
Em uma estranha declaração sobre o Panchen Lama designado pelo Dalai Lama, um funcionário do Tibete ligado a Pequim disse em 2015 que o jovem estava sadio, com acesso à educação e que não "queria ser incomodado".