Pesquisadores italianos anunciaram a descoberta de uma proteína que pode ser útil na cura do novo coronavírus (Sars-CoV-2) porque consegue alertar sobre o risco de morte causada por uma grave inflamação no corpo humano.
Em entrevista ao jornal "Gazzetta di Modena", a professora e pesquisadora Erica Villa, que atua no setor de Gastroenterologia do Policlínico de Modena e no departamento de Atividades Integradas das Medicinas Especializadas, disse que, por enquanto, os estudiosos a batizaram de "Proteína X".
"Prefiro não revelar o nome por motivos de segurança. Como conhecido, o vírus nos casos mais graves desenvolve uma inflamação violenta, a chamada 'tempestade de ocitocinas'. Nós estamos buscando antecipar essa inflamação através da individualização de um marcador que está mais ligado ao dano nas células. E esse primeiro 'golpe' é sentido no pulmão", explicou Villa.
De acordo com a especialista, "se os estudos forem confirmados, poderemos individualizar em tempos muito rápidos quais os pacientes que irão de encontro com a 'tempestade de ocitocinas' e quais, ao invés disso, superarão a doença com menor impacto".
Além disso, a descoberta precoce da "Proteína X" também permitirá que os médicos "tenham mais uma arma", podendo fazer com que receitem de maneira mais precoce os anticoagulantes já usados no combate à COVID-19.
O estudo em Modena foi liderado por Villa, em colaboração com o médico Tommaso Trenti, no âmbito de outra pesquisa mais ampla sobre a doença. (ANSA)