A gigante das redes sociais será "a empresa mais avançada do mundo no trabalho remoto", afirmou o fundador do Facebook, que contabilizava 45 mil funcionários em todo o mundo no fim de 2019.
"Gostaria de enfatizar que a COVID-19 não irá desaparecer em pouco tempo", assinalou Zuckerberg, antes de apresentar os planos para a organização do trabalho na empresa.
A rede social, que dispõe de 95% dos seus funcionários trabalhando remotamente no momento, anunciou recentemente que a maioria dos seus empregados continuaria trabalhando de casa até o fim do ano. A empresa tampouco organizará uma reunião presencial para mais de 50 pessoas antes de julho de 2021, no melhor dos casos.
Segundo um estudo interno, mais de 50% dos funcionários se consideram mais produtivos trabalhando de casa, e entre 20% e 40% têm interesse na possibilidade de trabalhar remotamente para sempre. Já metade deles gostaria de voltar para o escritório o quanto antes.
Zuckerberg disse se sentir "otimista" em relação ao potencial benefício do trabalho a distância. "Não o fazemos porque os empregados exigem, e sim porque estamos aqui para servir ao mundo e à nossa comunidade e desbloquear a maior quantidade de inovação possível."
Menor impacto para o planeta
Entre as vantagens, Zuckerberg citou oportunidades mais igualitárias nas carreiras, recrutamentos mais diversos (geograficamente e entre minorias), economia em infraestrutura e salários (que serão ajustados em função do local de residência) e uma retenção maior de pessoas obrigadas a se mudar por motivos pessoais, além do impacto menor para o planeta.
"Em 2020, é mais fácil mover bytes do que átomos. Prefiro que nossos funcionários se teletransportem por vídeo ou realidade virtual em vez de ficarem presos em congestionamentos que poluem o meio ambiente", brincou Zuckerberg.