Lutar pela "libertação da Palestina" é um "dever islâmico", disse o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nesta sexta-feira (22), coincidindo com o aumento da tensão com Israel.
"O objetivo dessa luta é a libertação de todas as terras palestinas" e o "retorno de todos os palestinos para seu país", disse Khamenei em discurso por ocasião do Dia Al-Quds ("Jerusalém", na tradução do árabe para o português).
Desde a Revolução Islâmica no Irã em 1979, essa data é comemorada na última sexta-feira do Ramadã, em solidariedade para com os palestinos.
A luta pela causa palestina é "o principal problema no mundo muçulmano", disse Ali Khamenei, em discurso transmitido ao vivo pela televisão estatal.
No primeiro discurso de Khamenei, por ocasião da data, o líder iraniano também criticou as nações ocidentais e seus "fantoches" árabes por apoiarem o Estado hebraico.
"A política de normalização da presença do regime sionista na região é uma das maiores políticas dos Estados Unidos", afirmou.
"Alguns governos árabes da região, desempenhando o papel de fantoches americanos, forneceram as condições prévias para isso, como vínculos econômicos e outros. Esses esforços são completamente estéreis e vãos", disse Khamenei.
Em seu discurso, o líder de 80 anos também pareceu indicar pela primeira vez que o Irã ajudou a fornecer armas aos palestinos.
"Cada um tem que encher a mão do combatente palestino e reforçar sua retaguarda", explicou.
"Faremos isso com orgulho da melhor maneira possível", afirmou.
"Um dia, percebemos que o único problema para o combatente palestino (...) era a falta de armas", continuou Khamenei.
"Planejamos resolver este problema", acrescentou ele, "e o resultado é que o equilíbrio de poder na Palestina mudou: Gaza hoje pode resistir à agressão militar do inimigo sionista e ganhar".