Pelo menos 106 pessoas morreram na Índia e em Bangladesh após a passagem do ciclone Amphan, o mais potente dos últimos 20 anos - aponta o balanço oficial divulgados nesta sexta-feira (22).
Apesar dos inúmeros danos materiais, as perdas humanas foram limitadas. No passado, os ciclones mais violentos deixaram milhares de mortos nessa região do mundo.
Desta vez, na região indiana de Bengala Ocidental (leste), a ministra em chefe, Mamata Banerjee, disse que houve 80 mortes. Em Bangladesh, o número de óbitos chegou a 26.
Fortes ventos, chuvas torrenciais e aumento das águas arrasaram a costa de Bengala, inundaram cidades e vilarejos, além de danificarem milhares de casas e arrancarem árvores e postes elétricos.
O ciclone também destruiu muitos criadouros de camarão em Bangladesh, agravando a situação econômica de milhares de habitantes. A população já estava em dificuldades pelo confinamento decretado para enfrentar o novo coronavírus.
A entrada de água salgada nas lavouras terá um impacto negativo nas próximas duas, ou três, colheitas, segundo a ONU.
O escritório das Nações Unidas em Bangladesh estima que o ciclone tenha afetado 10 milhões de pessoas, e destruído pelo menos 500.000 casas.
Na Índia, o primeiro-ministro Narendra Modi sobrevoou as áreas afetadas por helicóptero nesta sexta-feira e anunciou que destinará US$ 130 milhões em ajuda para os esforços de reconstrução.
A União Europeia também anunciou uma ajuda de EUR 500.000 (U$S 545 mil) para a Índia, e EUR 1,1 milhão (U$S 1,2 milhão), para Bangladesh.