Os maiores grupos de comunicação do Brasil anunciaram na noite desta segunda-feira (25) que suspenderam a cobertura diária do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada por falta de segurança para seus profissionais.
Entre os que fizeram o anúncio está o Grupo Globo - que inclui as emissoras TV Globo e Globo News, os jornais O Globo e Valor Econômico e o portal G1 -, a Folha de S. Paulo, o portal UOL, o grupo Bandeirantes e o portal de Brasília, Metrópoles. Apesar de não fazer um comunicado oficial, os repórteres do O Estado de S. Paulo também não foram ao local.
Chamado informalmente de "cercadinho", o local reunia tanto os profissionais de comunicação como alguns apoiadores do presidente. Diariamente, no entanto, jornalistas, repórteres, fotógrafos e cinegrafistas eram alvo de xingamentos de todos os tipos dos bolsonaristas.
Em vários momentos, o próprio Bolsonaro foi ofensivo com os profissionais, inclusive mandando alguns jornalistas "calarem a boca" ao fazerem questionamentos.
Tanto a Folha como a Globo informaram ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre a suspensão da cobertura e questionaram a falta de segurança no local. Em carta, o Grupo Globo afirma que as "agressões vêm crescendo".
"São muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico", diz parte da nota enviada ao GSI. (ANSA)