O Twitter incluiu pela primeira vez nesta terça-feira (26) a menção "verificar os dados" a dois tuítes do presidente americano, Donald Trump, que diziam que o voto por correio era "fraudulento", e o mandatário reagiu, acusando a rede social de "interferir" nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.
"Estes tuítes contêm informações potencialmente enganosas sobre o processo de votação e foram marcadas para oferecer um contexto adicional sobre a votação pelos correios", indicou um porta-voz da rede social, explicando uma medida inédita para esta rede social, acusada de ser branda em suas normas com o mandatário.
Os tuítes do presidente alegaram, sem evidências, que a votação por correio levaria à fraude eleitoral.
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"No entanto, os verificadores dizem que não há evidência de que as cédulas por correio estejam relacionadas com a fraude eleitoral".
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Trump atribuiu os tuítes enganosos à Califórnia, afirmando sem fundamento que qualquer um que more no estado receberá cédulas quando, na verdade, as mesmas são enviadas a eleitores registrados, segundo o alerta.
Os tuítes violaram uma política ampliada recentemente pelo Twitter, informou a empresa com sede em San Francisco.
"Ao servir à conversação pública, nosso objetivo é facilitar a busca de informação confiável no Twitter e limitar a propagação de conteúdo potencialmente nocivo e enganoso", disseram o chefe de integridade, Yael Roth, e o diretor de políticas globais, Nick Pickles, quando houve a mudança.
O candidato democrata à Presidência, o ex-vice-presidente Joe Biden, disse em entrevista à CNN que o Twitter e outras redes sociais devem "dizer que não é correto" quando são emitidas declarações enganosas.