As montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi Motors anunciaram nesta quarta-feira (27) que produzirão em conjunto "quase 50%" de seus modelos até 2025 para melhorar a rentabilidade das três empresas.
Esta união "permitirá reduzir os custos e os gastos de investimentos em até 40%" em cada veículo fabricado em comum, explica a aliança franco-japonesa em um comunicado.
O reforço da cooperação entre os três fabricantes de automóveis é uma resposta à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que paralisou o setor.
Os dois pilares da associação, Nissan e Renault, devem revelar na quinta-feira e sexta-feira, respectivamente, os rígidos planos de economia, incluindo o fechamento de fábricas e cortes de empregos.
A ideia das montadoras para reduzir custos é que uma das empresas assuma a liderança em uma região, um produto ou uma tecnologia e os demais sócios acompanhem a primeira montadora.
A produção de veículos concebidos de maneira conjunta se reagrupará em uma única fábrica do grupo "quando isto for considerado pertinente", afirma o comunicado.
Por exemplo, os SUV (veículos utilitários esportivos) ou veículos off-road de porte médio, como o Renault Kadjar e o Nissan Qashqai, "ficarão a cargo de Nissan", enquanto os pequenos SUV (Renault Captur, Nissan Juke) "serão de responsabilidade da Renault", explica o comunicado.
No que diz respeito à distribuição geográfica, a Nissan será a referência para China, América do Norte e Japão. A Renault vai liderar a aliança na Europa, Rússia, América do Sul e norte da África. A Mitsubishi Motors vai comandar as atividades nos países do sudeste asiático e na Oceania.