O presidente americano, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (27) "regulamentar fortemente", ou "fechar", as redes sociais, depois que o Twitter classificou dois de seus tuítes como "enganosos" e os tratou como disseminadores de informações não verificadas.
"Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam completamente as vozes conservadoras. Vamos regulá-las fortemente, ou vamos fechá-las, em vez de permitir que algo assim aconteça", tuitou o presidente.
O Twitter destacou dois tuítes de Trump publicados na terça-feira, nos quais o presidente dizia, sem provas, que o voto pelos correios levaria a uma eleição fraudulenta.
"Não há como o voto pelos correios seja outra coisa diferente de algo substancialmente fraudulenta", escreveu ele na época.
Abaixo das postagens, o Twitter postou um "link" que diz: "Obtenha informações sobre a votação pelos correios", uma novidade para a rede social que por muito tempo resistiu aos apelos para censurar o presidente americano por postagens que desafiam a verdade.
Trump voltou à carga nesta quarta-feira: "Não podemos permitir que as cédulas de correio em larga escala ocorram em nosso país. Seria a liberdade de todos os enganos, falsificações e roubos de cédulas".
"Quem trapacear mais, ganha. Do mesmo modo que as redes sociais. Limpe o que você fez, AGORA!", disse o presidente.
Trump também acusou as redes sociais de interferirem nas últimas eleições: "Vimos o que tentaram fazer e fracassaram em 2016".
"Não podemos permitir que volte a acontecer uma versão mais sofisticada disso", acrescentou.
Há muito tempo, o presidente usa o Twitter como uma plataforma para disseminar insultos, teorias conspiratórias e informações falsas para seus 80 milhões de seguidores.
Antes de ser eleito em 2016, ele construiu sua marca política apoiando a mentira de que Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, não havia nascido no país. Não seria, portanto, elegível para ser presidente.
E, recentemente, provocou mais uma tempestade ao espalhar o boato infundado de que o apresentador de televisão da MSNBC Joe Scarborough havia assassinado uma assistente.