A morte do homem de 46 anos levou centenas de pessoas a se manifestarem na noite de terça-feira exigindo "justiça" para Floyd.
Alguns participantes atacaram uma delegacia com pedras e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha.
"Quero que esses policiais sejam acusados de assassinato, porque foi exatamente isso que eles cometeram contra meu irmão", disse à NBC Bridgett Floyd, irmã de George Floyd. "Eu tenho fé e acredito que a justiça será feita".
Quatro policiais envolvidos na prisão foram demitidos nessa terça-feira e a polícia federal abriu uma investigação.
Floyd morreu na noite de segunda-feira, depois de ficar deitado de bruços por pelo menos 10 minutos, enquanto um policial pressionava seu pescoço com o joelho.
"Não consigo respirar", implorou o homem, segundo o áudio de um vídeo de vários minutos filmado por um transeunte que viralizou.
O policial, um homem branco, diz para ele ficar calmo. Um segundo policial mantém os transeuntes à distância enquanto Floyd não se mexe e parece inconsciente.
Um novo vídeo pode descartar as alegações da polícia de que o homem, suspeito de tentar passar uma nota falsa de US$ 20, resistiu à prisão.
Em imagens feitas pelas câmeras de um restaurante localizado em frente ao local da prisão, ele aparece com algemas nas costas sem oferecer resistência à polícia.
"Não podemos ter dois sistemas legais, um para negros e outro para brancos", disse o advogado da família Benjamin Crump à NBC.
"Vidas negras importam"
Muitas personalidades do mundo da política, das artes, mídia e do esporte denunciaram a violência injustificada da polícia contra os negros.
"É um lembrete trágico de que este não é um incidente isolado, é parte de um ciclo de injustiça sistemática que ainda persiste em nosso país", disse o ex-vice-presidente e candidato democrata à Presidência Joe Biden.
Biden comparou esse caso à morte de Eric Garner, também negro, em Nova York em 2014, após ser sufocado quando foi detido por policiais brancos por suspeita de vender cigarros contrabandeados.
O caso de Garner contribuiu para a ascensão do movimento de protesto "Black lives Matter" (em português "Vidas negras importam").
Ao longo dos anos, outras mortes de negros americanos por policiais brancos causaram protestos em várias partes do país.
O mundo do esporte também se uniu aos protestos contra a violência policial contra a comunidade afro-americana. Um exemplo disso foi a ação de vários jogadores profissionais, como Colin Kaepernick, que se recusou a se levantar enquanto o hino dos Estados Unidos tocava em sinal protesto.
O astro da NBA, LeBron James, postou no Instagram a imagem do policial com o joelho no pescoço de um Flody algemado, juntamente com outra fotografia de Kaepernick, ajoelhado durante a execução do hino antes de um jogo. O líder do Los Angeles Lakers escreveu: "Você entende agora ou ainda é confuso para você?"