Os Estados Unidos registram agora mais de 100.000 mortes relacionadas com o novo coronavírus, anunciou a Universidade Johns Hopkins nesta quarta-feira (27), quando o país ultrapassa uma marca sombria, tornando-se de longe aquele com o maior número de falecidos na pandemia em todo o mundo.
O país registrou sua primeira morte pela COVID-19 há cerca de três meses. Desde então, aproximadamente 1,7 milhão de infecções foram registradas em todos os Estados Unidos, segundo a instituição, com sede em Baltimore.
De acordo com especialistas, o número real de mortes e infecções pode ser ainda maior.
Nas últimas 24 horas, a cifra de mortes voltou a aumentar, com 1.401 óbitos adicionais, após três dias seguidos com registros abaixo dos 700. O total de falecimentos chegou, assim, a 100.396 no país.
O estado de Nova York registrou quase um terço dos óbitos no país, onde as bandeiras dos Estados Unidos foram hasteadas a meio mastro no fim de semana passado em homenagem às vítimas da pandemia.
Segundo as autoridades, a doença já havia deixado mortos em meados de fevereiro, sem que se soubesse a causa real de seu falecimento naquele momento.
A marca dos 50.000 mortos foi superada há pouco mais de um mês, em 24 de abril.
Apesar da magnitude deste balanço, o número de mortes por habitantes é mais baixo nos Estados Unidos do que em vários países europeus como Reino Unido, Bélgica, Itália, Espanha, França e Suécia, segundo o site de estatísticas Worldometer.
De acordo com uma média de vários modelos epidemiológicos, feita por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, o número de mortos por COVID-19 se aproximará das 123.000 pessoas no país até 20 de junho.
Pelo terceiro dia consecutivo, os Estados Unidos registraram menos de 700 mortes em 24 horas. Após balanços diários que superaram os 2.000 óbitos entre o começo de abril e maio, país está há 20 dias sem superar esse limite, embora tenha registrado mais de 1.000 mortes diárias nas últimas três semanas.
Apesar do alto número de vítimas, o país iniciou a suspensão do confinamento em todo o território sob pressão do presidente, Donald Trump, que está decidido a reativar a economia.