Uma autópsia encomendada pela família de George Floyd concluiu nesta segunda-feira (1/6) que o homem morreu por "asfixia devido a uma pressão sustentada" quando um policial o imobilizou colocando o joelho sobre seu pescoço. Esse laudo contradiz os resultados da nectopsia oficial.
"Os médicos independentes que realizaram a autópsia no Floyd neste domingo determinaram que a causa da morte é asfixia devido à pressão constante", disse o advogado Ben Crump, em um momento em que a indignação pela ação da polícia provoca uma onda de protestos nos Estados Unidos.
A primeira autópsia realizada pelo serviço médico do condado apontou que Floyd morreu de uma combinação de fatores, incluindo imobilização, mas também de patologias subjacentes.
Nesse ponto, Aleccia Wilson, médica e diretora de autópsias e ciências forenses da Universidade de Michigan, indicou que "há evidências de que se tratou de um caso de asfixia mecânica ou traumática".
"Eu não consigo respirar"
Floyd, um cidadão negro de 46 anos, morreu depois de ter sido imobilizado por um policial branco que pressionou o seu pescoço por mais de nove minutos, mesmo quando não respondia mais.
O vídeo de Floyd dizendo "eu não consigo respirar" causou comoveu os Estados Unidos e desencadeou uma onda de protestos pacíficos, acompanhados de confusões e saques em algumas cidades que impuseram toques de recolher.
Derek Chauvin, o policial que conteve George Floyd, foi preso na sexta-feira e acusado de homicídio involuntário, de acordo com os resultados da primeira autópsia – que revelou que Floyd sofreu danos nas artérias coronárias.
A família, em desacordo com essa tese, busca que o agente seja acusado de assassinato em primeiro grau e que outros três agentes que também estavam no local sejam processados.